Fotografia (Aldren Lincoln): Maria Janaína e Victor Kizza
Video da matéria sobre o espetáculo Iauretê exibido em dezembro de 2010 no programa Soterópolis TVE/BA
IAURETÊ é premiado no FIT - Festival Nacional Ipitanga de Teatro - Edição 2010
Troféu de Melhor Ator para Victor Kizza
Troféu de Melhor Ator para Victor Kizza
Fotografia (Aldren Lincoln): Victor Kizza
Nova Temporada do espetáculo IAURETÊ. Todas as quintas-feiras de janeiro no Espaço Cultural Oficina de Investigação Musical O.I.M
Fotografia (Aldren Lincoln): Maria Janaína
Vídeo da matéria exibida no Soterópolis TVE/BA em 02 de dezembro de 2010
O texto a seguir foi produzido e publicado pelo blog do Soterópolis TVE/BA
Em “Meu Tio, o Iauaretê”, o escritor Guimarães Rosa conta a história do caçador Macuncoso, um matuto que, quando contratado para exterminar as onças de uma mata, percebe-se como um traidor do que seria o seu “habitat original” e entra em conflito. No livro “Maíra”, Darcy Ribeiro conta a história do índio Avá, que sai da sua tribo para se tornar um sacertode, mas quando retorna, sente como se tivesse “perdido a alma”.
Em comum, as duas histórias falam de rupturas históricas que conduzem conflitos culturais e identitários. Pensando neste elo, a diretora teatral Lia Spósito adaptou as duas obras para criar o espetáculo “Iauretê”. No palco, o caboclo Oxim, interpretado por Victor Kizza, e Mehín Índio, interpretado por Maria Janaína, discutem a resistência dos povos afro-indígenas e o impacto sofrido diante da civilização. Oxim, depois de tanto matar onças da mata que também é sua casa, entra em estado de loucura, chamado pelos índios de Iñaron. Mehin Índio transmite a sabedoria, os ritos e símbolos da cultura, e as marcas que devastaram seu povo e sua cultura.
O espetáculo, que já foi encenado na década de 80, marca os 33 anos da Companhia de Teatro Palmares Iñaron, fundada por Lia Spósito, Antônio Godi, Kal dos Santos e Ana Sacramento. Todos eram estudantes da Escola de Teatro da Ufba, e em comum, o anseio por levar ao palco as questões culturais afro-indígenas, e também nordestinas. “O Palmares tem uma proposta estética diferente de se fazer teatro, que é a partir das raízes brasileiras, da dramaturgia brasileira”, explica Godi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário